Invasão feminina nas carreiras públicas
Nem é preciso ser muito atento para notar que as mulheres estão cada vez
mais bem colocadas no mercado de trabalho da iniciativa privada. Mas há
outro terreno, vizinho, que elas estão ocupando com tanta rapidez
quanto: o das carreiras públicas. Como se não bastasse, estão mais
interessadas — estudando e passando — em áreas consideradas
tradicionalmente masculinas, como a fiscal, a de segurança pública,
diplomacia e o setor jurídico.
Cursos preparatórios para concursos públicos atestam a crescente
presença feminina em suas salas de aula. E a Associação Nacional de
Proteção e Apoio aos Concursos Públicos (Anpac) informa que, desde 2009,
a incidência de aprovação de mulheres nas seleções públicas superou a
registrada pelos homens. A Anpac ressalta, ainda, que elas já
representam, em média, 60% dos que tentam o setor jurídico e 48% dos
concursandos para a área fiscal — um campo de ciências exatas e
matemáticas no qual, há a alguns anos, as candidatas não costumavam se
arriscar.
Na esfera da segurança pública — as polícias civil, militar, federal e
também a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a presença
feminina está crescendo de forma exponencial. Prova disso são os números
da seleção para papiloscopista da Polícia Federal (PF), cujas provas
estão sendo realizadas neste domingo: há 6.279 mulheres inscritas para
apenas cinco mil homens. Trocando em miúdos, elas representam 55% dos
candidatos a uma vaga na corporação.
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